O assunto podolatria definitivamente vem ganhando cada vez mais espaço. A interatividade oferecida pelas redes sociais e que permite a qualquer usuário postar sua critica, comentário, sugestão ou impressão tem sido imensa colaboradora dessa propagação. Na verdade, na internet, todo e qualquer tópico vira alvo fácil de palpites: política, futebol, novela, consumo, cidadania, etc... Mas aqui falamos sobre podolatria e vamos combinar, você já deve ter percebido que, atualmente, na sua rede de contatos, começaram a surgir postagens curiosas de fotos de pés aleatórias, ou em sandálias, ou em poses artísticas, e ainda nos comentários, vastos elogios de admiração por pés, confessados por seus colegas antigos da escola, vizinhos e até familiares.
Sim, falar de pé dá pé. Antes, até meados da década de 90, era quase impossível assumir o fetiche aos pés sem passar por um constrangimento com amigos ou namoradas que iriam taxar o podólatra como doente. Puro preconceito. O tempo passou, a ideia de enxergar os pés como sedutores e eróticos começou a ganhar sites e simpatizantes, as redes sociais liberaram a audácia dos comentários e pronto! O pé venceu.
Entre o público feminino essa aceitação tem sido naturalmente mais lenta. Pois, o que pensar de caras (ou garotas) que você beija na boca e que depois falam que adoram lamber um pé? O seu pé? Ou pior, o pé de qualquer uma? Evidente que a primeira reação é a de nojo, até que se entenda que a podolatria possui variações de preferências e que existe muita fantasia e estímulos físicos agregados ao ato.
Voltando a citar os comentários de internet, foi novamente ai que esses esclarecimentos passaram a ser feitos em fóruns, chats e entre mensagens privadas. E pra quem ainda tem ou tinha alguma duvida, joga no Google que dá pra ingressar no tema com o pé direito.
É, mas ainda assim a resistência é grande. Hoje muitos adeptos homens e mulheres trocam figurinhas à vontade sobre podolatria em grupos e sites específicos. Lá, as mulheres que já compreendem e tomaram gosto pelo fetiche encontraram uma fonte inesgotável de elogios – afinal, toda mulher adora receber um. Elas compartilham fotos e videos registrando seus pés e como recompensa ganham fãs e seguidores que ficam literalmente de quatro por elas.
Mas a aceitação não é nem nunca será unânime. Muita gente não tem noção nem intenção de adotar esse fetiche e é preciso respeitar o gosto de cada um. Eu sou podólatra, e naturalmente já conheci garotas que rejeitam o fetiche apesar de entenderem que há gosto pra tudo. Rejeitam simplesmente porque nada nessa brincadeira lhes apetece. E sabe, não é difícil compreender a “não aceitação” da coisa. Imagine por exemplo que você conhece uma garota que tenha prazer em lamber seu cotovelo na hora do clímax? Viu só? Você também recuou ao imaginar essa cena na sua transa.
Partindo desta percepção é mais aceitável entender o que as garotas – não fetichistas - pensam sobre podolatria. Eventualmente alguns blogs de moda, sexo e comportamento feminino acabam publicando matérias que citam essa “tara” dos homens. Aconteceu recentemente com a notícia de um suposto maníaco serial no Canadá que estaria abordando mulheres à força para lamber seus pés e roubar os sapatos delas. O anuncio virou manchete de vários portais e atingiu então um publico aquém da relação pés/tesão. Os comentários renderam muito kkkk nervosos e incrédulos, considerando tudo uma esquisitice total. Também havia comentários ignorando completamente o fato das lambidas no pé e indignados com o roubo dos sapatos. Pois meu amigo, se você ou qualquer um tentar roubar um Louboutin de uma mulher pode crer que estará correndo um sério risco de vida...
Outra ocasião comum para encontrar tais comentários é quando o site/blog é do tipo que dá dicas de relacionamento e alguma leitora pede ajuda em caráter de urgência ao descobrir que seu ficante/namorado/marido é um podo. As respostas novamente evidenciam que cada um é cada um. Há mulheres que não conseguem se encaixar na cena tendo os pés lambidos com tantas outras coisas “a mais” a oferecer. Outras insistem em associar a prática como algum distúrbio negativo. E outras são mais tolerantes, dizem que até vale o cara querer dar umas lambidas no pé, mas se ficar só nisso é totalmente sem graça e frustrante já que gastam fortunas com roupa, lingerie, cabeleireiro, cremes e perfumes e o cara quer ficar só no pé!?
Agora – do ponto de vista podólatra - vou contar o mais curioso em relação a todas essas opiniões: Quando se trata de mentes humanas, o proibido é sempre mais interessante e o fato é que esses perfis que não aceitam o fetiche são os que mais chamam a atenção dos adeptos de olhar para pé. Sabe por quê? A podolatria é uma prática que atiça muito a curiosidade e para maioria dos praticantes, o melhor momento do fetiche é flagrar um pé descalçando o sapato ou meia, e enfim, desnudo. Por isso a turma que não está disposta a mostrar os pés é bastante visada pelos caçadores de pés (tanto na rua quanto pela internet). E essas pessoas ao manifestarem a iniciativa de tocar nesse assunto, mesmo que a contra gosto, certamente despertam um fascínio a mais por possuírem – convictamente na mente de um podólatra - uma pé-rola a ser revelada.
____________________________________________________by doug dink