A podolatria é um fetiche abrangente que tem como fundamento
a adoração aos pés. Entende-se por adoração: contemplar, tocar, acarinhar,
massagear, beijar, lamber, chupar...
O fetiche podolatria pode ocorrer tanto entre casais heteros
ou homossexuais. No caso de casais heteros, a mecânica deste fetiche é uma via
de duas mãos, ou seja, homens podem adorar os pés de mulheres, mas mulheres
também podem adorar os pés de homens. O termo podólatra se refere aos
praticantes que exercem a adoração aos pés. Já os praticantes que recebem a
adoração podem ser chamados também de podólatras, porém, por uma questão de
facilitação na comunicação na língua portuguesa BR, a comunidade podólatra adaptou
termos e definições específicos.
:::::::::::::::::::::::::::::::::: texto by doug dink
Classificando melhor; Aqueles que gostam de receber a
adoração em seus pés, passaram a ser denominados como “Feet”. Portanto, perfis
com a denominação Feet tendem a encontrar seu partner ideal dentre homens ou
mulheres podólatras, e vice versa.
Perceba que existe uma falta de tradução a todos os termos
praticados neste universo. Enquanto o termo podólatra é usado em referência a
expressão “feet lovers” e ganhou mais visibilidade do que sua tradução real
“amante de pés”, o termo “Feet” se manteve como denominador para o outro grupo,
sem ser traduzido, pois atribuiria um impacto confuso para compreensão se o
nome utilizado para os adeptos fosse “Pés”.
Falando especificamente para o grupo de mulheres dispostas a
receberem a adoração nos pés, há ainda uma série de outros termos – nacionais -
que foram se estabelecendo como usuais entre os praticantes. É o caso dos
nomes: Deusa, Rainha, e também o bastante utilizado Feet.
Entendendo o que é
Fetiche e o que é Fantasia.
O fetiche podolatria muitas vezes é praticado em conjunto
com fantasias diversas.
O fetiche (apenas ele) é o processo de se dedicar atenção a
determinado objeto, cenas ou partes do corpo. O fetichista de podolatria dedica
sua atenção aos pés. Porém, é possível abranger mais elementos a serem
cultuados neste mesmo universo da podolatria, e então temos a adoração aos
diversos tipos de calçados como sandálias, chinelos e botas. (apesar deste
último também possuir um nome que direciona os adeptos. O nome é botolatria, em
português, e boot lovers, no inglês).
Em uma transa tradicional, o fetiche pode estar presente nas
preliminares ou mesmo durante todo o ato. Por exemplo, uma transa com um
podólatra naturalmente contém muitas carícias nos pés. Pode começar com
massagens, beijos, lambidas e tudo pode ficar mais intenso durante o processo.
Com criatividade, existem posições que possibilitam o ato sexual e ainda
permitem a adoração aos pés ao mesmo tempo. É importante frisar que uma transa
fetichista é completa quando ambos (casal) possuem foco e intensidades em
sintonia. E também a transa não tem obrigatoriedade de ficar somente no
contexto do fetiche. O fetiche é um catalisador dos desejos do casal, e cada
casal usa como e quanto preferir.
Seguindo essa mesma linha de raciocínio podemos entender
melhor o papel da “fantasia erótica” que geralmente ocorre junto com algum
fetiche.
As fantasias dizem respeito a toda a atmosfera ou situação
que as pessoas sentem vontade de praticar antes ou durante a transa, e pode
ainda perdurar mesmo após a transa acabar. Existem também situações de
fantasias que algumas pessoas cultuam por períodos pré combinados (horas antes,
dias, semanas) ou até de forma permanente.
Aqui valeria uma pesquisa bem estruturada para exemplificar
centenas ou até milhares de situações de fantasia erótica praticadas pelo mundo
afora. Pelo teor denominativo deste blog, a sequência do artigo prezará algumas
fantasias e situações que compõem o universo da podolatria.
A fantasia do Feet
Slave, o escravo de pés.
Dentre os inúmeros adeptos da podolatria existe uma divisão
praticamente igualitária entre dois grupos.
Um grupo é formado por praticantes fetichistas que se
identificam como adoradores de pés, que amam e cultuam pés, de preferência
bonitos e bem cuidados, e sentem verdadeira paixão por se envolverem com
parceiras que cuidam dos seus pés e também amam a ideia de terem os pés
adorados de forma carinhosa.
O outro grupo é formado também por praticantes fetichistas
adoradores de pés só que estes condicionam toda a vontade de estar aos pés da
parceira junto de uma premissa fantasiosa em que se sentem escravos, dominados
por aqueles pés e obrigados a prestarem suas adorações sob um clima de devoção
hierárquica.
Eis a fantasia do escravo de pés (feet slave) desejada e
praticada em larga escala (por muitos homens, mas também ocorre em mulheres) em
diversos países. Muitas vezes essa fantasia está interligada com as práticas de
BDSM, em que a adoração forçada aos pés de uma Dominadora ou Dominador possui a
simbologia clássica de humilhação, e somado ao gesto, ainda existe a atribuição
da punição e do castigo.
Como dito anteriormente, uma fantasia se estabelece a partir
de toda a condição que se deseja no entorno das ações. No caso de uma cena
propícia para que ocorra o beijo nos pés com ares de dominação, algumas das
fantasias mais freqüentes que podemos citar são: A Deusa egípcia com seu mucamo
que a abana. A Rainha malvada do castelo com seu escravo acorrentado na
masmorra. A patroa rica e esnobe com seu empregado/mordomo. A menina metida da
escola com seu coleguinha que a adora mesmo sendo desprezado e maltratado por
ela...
Ser fetichista, ou ser adepto de uma fantasia que envolve um ou vários fetiches nunca foi um grande problema para as pessoas até tempos atrás. Pois, em geral muitas pessoas descobriam dentro de si alguns desejos de características diferentes e na intimidade acabavam por confessar aos seus parceiros. Em alguns casos as confissões poderiam até pegar a outra parte de surpresa, pois traziam contextualidades que nunca haviam sido imaginadas, mas que com a força do afeto e do respeito poderiam ser compreendidas. Enquanto alguns recorriam a consultórios de psicanálise, outros faziam pesquisa por vontade própria e munidos de informações e material didático, tudo tendia para o consentimento e harmonia entre os envolvidos.
Com o surgimento da internet, essa pesquisa se tornou
infinitamente mais fácil. Porém, com o surgimento das redes socais e o
comportamento superficial e imediatista dos usuários destas plataformas, o que
era algo indicado e recomendado a se fazer, se transformou em alerta vermelho.
Redes sociais não são
suficientes para esclarecer a complexidade dos temas.
Pelas redes socais, onde o tema podolatria está cada vez
mais presente e atraindo muitas pessoas novatas no assunto, vem ocorrendo com
freqüência um desgaste de identificação entre adeptos antigos e iniciantes.
Isso ocorre porque boa leva das pessoas recém chegadas não
possui a compreensão correta de tudo o que sentem e usam as redes socais como única
fonte de pesquisa baseando-se nas experiências compartilhadas com outros perfis
via chat ou posts. Perfis estes que também podem estar inseguros quanto ao que
dizem e propagando informações erradas.
Clique para ver o acervo completo de fotos e videos de pés.
Os grupos de facebook se caracterizam como um enorme
caldeirão onde as informações são jogadas e debatidas sob o ponto de vista
pessoal de cada participante e então cria-se um debate cheio de julgamentos que
quase sempre não são proveitosos. As informações geradas por esses grupos pouco
acrescentam para um esclarecimento completo de um assunto e ainda, pelo
funcionamento do próprio site, as informações ali postadas (ainda que quando resguardem
boa dose de conteúdo) se perdem em questão de horas, pois tendem a "ficar para trás" na timeline daqueles que forem interlocutores da discussão.
Os grupos que exibem no título o nome podolatria e afins, e
os milhares de perfis fetichistas presentes na rede propagam uma verdadeira
avalanche de informações equivocadas diariamente. A começar, nota-se em grande
escala a confusão do uso do termo “podolatria” como “espaço de venda de sessões/pague
que eu faço” (clique aqui para ler o que é sessão de podolatria) e então
participantes leigos e confusos se misturam com participantes experientes, e
mais perfis fakes e oportunistas, e o caos está armando. Desse excesso
descabido, o saldo não é positivo nem para a podolatria - que passa a ganhar
status de um fetiche bizarro; nem para o universo de fantasia de submissão - que
é um trato fino de diversão e prazeres a ser descoberto por casais desejosos
pela proposta, mas que pouco podem se basear nas experiências peculiares expostas
na rede social.
Em alguns casos até existem os “moderadores” que tentam
filtrar a qualidade das postagens, mas isso é pouco viável em grupos que
ultrapassam 5 mil, 10 mil e ultrapassam 20 mil membros.
É no meio dessa mistureba que uma singela mensagem participativa
dizendo: “Olá, sou nova nesse universo e posto essa foto para saberem o que
acham dos meus pés?” – recebe a resposta convidativa – “Por favor, me deixa
limpá-los com minha língua, Rainha.” E ainda na sequência surge uma terceira
participação apelativa com os dizeres: - “Quero escravos que fiquem aos meus pés e banquem
meus caprichos”. Ou seja, são três intenções de fantasias diferentes, habitando
um mesmo espaço.
Nunca será demais repetir: Podolatria é um fetiche de
contemplação e carinho. Homens gostam de pés femininos sim, e se sentem
atraídos por eles. Olham e querem massageá-los, beijá-los, etc. Esse
procedimento é uma forma de agrado a mais em uma transa. Um gesto de afeto nos
pés da outra pessoa, assim como se acaricia o rosto, as pernas, as mãos e todo
o corpo.
A mulher que descobre a podolatria é uma felizarda desde o
primeiro instante. Quando ela se deixa levar pelas carícias que um homem é
capaz de fazer em seus pés, dezenas de zonas erógenas a mais se afloram. São
pontos específicos na sola dos pés e pontas dos dedos, que se estimulados
provocam sensações e arrepios que só acrescentam coisas positivas no êxtase
final.
Feliz com a descoberta, ela procura por grupos de adeptos
nas redes socais. E assim como tantas outras mulheres presentes no grupo, ela
caprichosamente faz fotos de seus pés e as compartilha. Por vezes, ela busca
dicas pra usar em sua paquera ou relação, outras vezes ela busca elogios para
saciar sua vaidade. Ela, tem desejo de se tornar uma Feet, e isso não quer
dizer que ela quer ter escravos aos seus pés. Apenas admiradores.