No dia 16 de janeiro 2017, a atriz Carolina Kasting anunciou
em sua fanpage do facebook o término do seu projeto My Daily Feet.
Neste projeto, a atriz se dedicou por dois anos a fazer
registros quase diários de seus próprios pés assumindo a sua admiração por essa
parte do corpo e unindo sua paixão por fazer fotografias, uma vez que ela
própria escolhia enquadramentos e poses cativantes para registrar e exibir seus
pés.
::::::::::::::::::::::::::: texto by doug dink
Com essa iniciativa a atriz, que possui respaldo das
empresas Globo (dentre elas a maior emissora de televisão e veículos de informação do país)
conseguiu espaço garantido para falar sobre os pés em importantes meios de
comunicação.
Toda vez que o assunto pés ganha projeção e passa a ser tema
de entrevistas e gerador de assunto coligados, o feito é um ponto de
importantíssimo louvor para a toda a comunidade de podolatria que existe na
rede mundial de conexões on line desde o início da internet, lá no ano de 1997.
Foi com a internet que milhares de podólatras no mundo
inteiro puderam enfim perder a vergonha por admirar pés, pois encontraram em
todo o globo, simpatizantes da mesma ideia de adoração e explorando infinitas
possibilidades de fantasias relacionadas a essa parte do corpo definitivamente
sedutora, com suas veias, texturas, dedos, aromas, pele, movimentos, etc.
Até então, o universo da podolatria carregou por anos o
preconceito social da “bizarrice” por despertar nas pessoas um misto de nojo
com vergonha. Enquanto muitos homens descobriam o fetiche em períodos da
infância e cresciam com o desejo amargurado dentro de si, adorando de longe os
pés de colegas na escola, no trabalho e até de pessoas da família, o desejo por
pés ocorria sempre de uma forma “escondida” da sociedade, com auxílio de
atendimentos eróticos de profissionais, e sem possuir uma fonte de informação
que pudesse esclarecer que nada havia de errado por sentir atração por pés, uma
vez que também existe e pratica-se a atração por seios, bundas, bocas...
Enquanto a internet impressionava o mundo, é audacioso,
porém não menos precioso dizer que a podolatria certamente impressionava a
internet.
Tudo aquilo que sempre ficou guardado dentro de cada podólatra
que nunca tinha com quem compartilhar suas intenções, na internet começou a se
juntar de maneira imediata e se organizou com enorme precisão em fóruns de
debates, arquivos de imagens, muitos textos confidentes e posteriormente também
áudios e videos.
Em termos de “sexualidade” é lógico que hoje em dia o
conteúdo relacionado a sexo em todas as suas esferas é praticamente infinito.
Tudo o que você quiser procurar, você vai encontrar. Sejam imagens, curiosidades,
depoimentos e explicações e também parceiros (as). Mas novamente é honesto
dizer que a podolatria foi um dos assuntos percussores que aguardava a
existência da internet para enfim despertar milhares de conexões interessadas
neste saudável fetiche guardado a sete chaves nos desejos íntimos de tantas
pessoas.
Quando o projeto da atriz Carolina Kasting surgiu e
imediatamente ganhou fama, boa parte de sua impulsão deveu-se a toda essa
atmosfera de adoração ao pé que já estava muito bem consolidada em toda rede
mundial. Mulheres que fotografam seus próprios pés e homens fissurados por
prestigiá-las já eram presentes e apostos em suas condições de fãs da prática.
Empresas produtoras de conteúdo temático já estavam consolidadas, fornecendo arquivos
de imagens com pés de todas as características possíveis para serem vasculhados
e compartilhados fervorosamente por uma legião de adoradores de pés que não
mais precisavam esconder o seu gosto excêntrico, apesar de ainda existirem os
que preferem manter a paixão por pés em um nível discreto de conduta. Carolina
sendo mulher, atriz e com acesso a importantes meios de comunicação surgiu
então parar somar, e para muitos foi como grande musa inspiradora para uma
geração – já integralmente conectada – e que agora não vê mais barreiras para
falar o que pensa, quer e deseja através do fenômeno das redes socais.
Tal liberdade de pensamento também causou um certo “constrangimento”
ainda no início das postagens da página Kasting’s Feet. Isso porque muitos
podólatras passaram evidentemente a admirar as fotos, porém com um intuito um
tanto abusado de comportamento, deixando comentários descontextualizados nas
imagens. Administradores da página chegaram a publicar um comunicado solicitando
que as pessoas maneirassem nas palavras, afinal o intuito da proposta não era
sexual e sim de apreciação.
Agora com o final do projeto anunciado pela própria atriz,
novas palavras presentes no comunicado oficial “dão a entender” que talvez um
dos motivos do encerramento tenha sido um certo descontrole do público
pretendido. Em todas as entrevistas que deu, Carolina nunca associou o seu
projeto ao fetiche, porém o maior número de seguidores de sua página e
interessados nessas entrevistas era oriundo de grupos e sites sobre podolatria.
Veja comunicado escrito pela atriz.
No Portal Pé-TáLá fizemos e compartilhamos com muito agrado
duas matérias ajudando a divulgar o projeto de Carolina Kasting. Sabemos que
nosso público é basicamente formado por fetichistas e por isso defendemos com
respeito o ideal principal da atriz que era falar sobre seu hobbie de fotografar
e a adoração por pés como parte do corpo e não como desejo erótico. Elogiamos
também que a visão artística das fotos era de fato muito caprichosa e os
ângulos escolhidos e clicados condiziam integralmente com a proposta
profissional fotográfica.
Mas também é praticamente impossível desassociar a imagem
captada – propositadamente dos pés - da intenção de um olhar fetichista, pois a
contemplação aos pés é uma das práticas iniciais da podolatria. Os pés possuem naturalmente
(e culturamente) o dom de seduzir. Práticas como Feet Hunter (que propicia o
costume de espiar pés de forma escondida para registrá-los), e também práticas
como Dangling (movimento de balanço do calçado feminino preso ao pé pelos dedos
e solto da parte do calcanhar) são situações típicas no universo de um
fetichista, pois despertam nele a sensação de querer ir além ao tocar e
alcançar os pés cobiçados que o hipnotizaram.
Ou seja, basta existir o foco nos pés para que um processo
intenso de desejo comece.
Em ocorrências gerais, a reação do público para qualquer
tipo de manifestação artística é imprevisível. A falta de bom senso e a postura inadequada com que
cada pessoa, fetichista ou não, vai demonstrar ao ocupar-se em comentar uma
foto, artística ou não, não deve ser aceita como conduta generalizada.
Convém lembrarmos que atualmente a podolatria passa por uma
fase um tanto perturbada com muitos prós e contras ocorrendo em torno do
fetiche. Ao mesmo tempo em que admira-se o fato de muitas pessoas (homens e
mulheres) descobrirem sempre mais sobre as delícias desta prática e graças a
internet, é bastante incômodo o nível baixo de compreensão ao fetiche que algumas
pessoas estão praticando referindo-se a prática como uma simples extensão de um
procedimento sexual, malicioso em exagero, ofertado e conquistado custe o que custar.
O projeto My Daily Feet vai deixar saudade em muitos fãs da
arte e dos pés de Carolina. E enquanto isso a podolatria segue seu caminho...
pisando por várias trilhas... sempre em frente.
Veja as matérias relacionadas:
Carolina Kasting e Angélica conversam em entrevista enquanto
fazem várias fotos dos próprios pés.
Veja vídeo e mais de 30 fotos.
Clique para ver o acervo completo de fotos e videos de pés.
Clique para ver o acervo completo de fotos e videos de pés.
Veja matéria sobre o lançamento do projeto My Daily Feet. O
Portal Pé-Tá-Lá foi um dos primeiros sites a divulgar a iniciativa da atriz, já
apoiando a ideia e os pés de Carolina.
Instagram: @kastingfeet
Veja fotos dos pés de Carolina Kasting, selecionadas pelo
Portal Pé-Tá-Lá.