PODO NEWS

P é r o l a s

P é r a l t i n h a

passo a passo da podolatria

Participe, Opine, Questione

Participe, Opine, Questione

Translate

domingo, 17 de dezembro de 2017

Ele quer ser escravo dos meus pés. Como assim?


Em tempos de aplicativos que compartilham imagens, o que fazer quando a partir da simples foto de seus pés, a mulher se depara com uma resposta totalmente fora do contexto, recebendo a proposta de um candidato a escravo, que deseja ser pisado e humilhado e tantas coisas mais?

A começar é preciso ter a ciência de que esse é o comportamento típico de homens adeptos da fantasia conhecida como Feet Slave (escravo de pés).

:::::::::::::::::::::::::::::::::: texto by doug dink

Apesar de ser uma fantasia muito freqüente, muitos homens não conseguem denominar esse desejo incontrolável que sentem de se submeterem aos pés de suas parceiras.

Tecnicamente é como se fosse um update no fetiche da podolatria. Os adeptos sem sombra de dúvidas se reconhecem como podólatras. Eles querem beijar, lamber e encher de carinho os pés que tanto o seduzem, mas com a diferença de que eles se sentem bem fazendo tudo isso na condição de escravizados pelas formas e até o cheiro dos pés. Existe também o desejo de se sentir escravo pelos encantos da parceira. Eles a vêem uma mulher que seduz sobre seu salto alto, ou mesmo descalça, e que caminha com precisão, tem olhar e voz firme e que sente prazer em subjugar o seu parceiro, desejando que ele rasteje atrás dela. A fantasia também envolve o uso de coleiras no pescoço e o escravo(a) é forçado a andar sempre de joelhos (alguns casos com referências a pet play), e ainda fazem parte os chicotes e as algemas, tapas e até cusparadas que são bem vindos para caracterizar a posição de quem domina e quem é dominado.

Conhecendo o que é BDSM Ligth.

Quando a pessoa possui desejos assim de devota submissão, não há nada de errado. Porém não é o caso de se denominarem apenas podólatras, pois na verdade são algo a mais. Tal fantasia já faz parte do jogo erótico BDSM.

Muitos sentem certo temor quando pensam em BDSM. Pensar no termo logo traz a ideia de cenas mais radicais de chicoteamento, envolvendo a dor provocada por acessórios como grampos, cannes, velas, etc., e doutrinas rigorosas com sessões prolongadas de castigos.




Acontece que dentro do próprio Universo BDSM existem subdivisões que escalonam os praticantes de acordo com o nível que se dispõem para uma prática apenas, ou para um conjunto de práticas. E também no jogo BDSM existem os limites de cada adepto, além da regra rigorosamente seguida do SSC (são seguro e consensual).

Em linhas gerais, o BDSM completo com direito a tudo que se pode imaginar seria um BDSM HARD. Já o BDSM LIGHT é dosado de moderações.

Em uma fantasia de “feet slave”, bastando existir a proposta de humilhação nas cenas, já está caracterizado uma forma de BDSM Light. Se o escravo está submetido a comer coisas pisadas, a limpar com a língua os pés suados/sujos e os calçados de quem o domina, ou simplesmente está nu e de coleira portando-se como serviçal agradando e cuidando dos pés de sua Deusa/Rainha, todas as exemplificações criam um jogo de domínio e submissão. No BDSM Ligth não precisa necessariamente existir punições, com castigos físicos e uso de chicotes, embora muitos dos adeptos do Feet Slave gostem sim de receber açoitadas e tapas com as mãos ou com a sola dos pés em seu rosto. Gostam de receber chutes, inclusive nos genitais, e desejam e se submetem as humilhações diversas, sempre estando aos pés de sua endeusada.



Ao se depararem com essa complexidade de desejos dos homens podólatras e escravos, nem todas as mulheres reagem de forma receptiva. É preciso entender e respeitar o limite de cada uma. Por mais que na cabeça do homem que deseja ser escravo, a intenção seja de proporcionar a parceira a sensação do “conforto de Rainha”, não é toda pessoa que se sente bem na posição de subjugar outra. A posição de mulher dominadora é bastante desgastante, pois envolve o preparo e controle de tudo o que se intenciona que aconteça, e ainda prezando por cuidados para possíveis riscos que podem ocorrer. Ao pisar com salto em alguém as chances de acidentes indesejados são bastante. Forçar a ingestão de comidas junto com sujeira pisada no chão não é uma prática das mais aprazíveis de se observar se a pessoa não tiver interesse por vivências desse nível. Assim como tratar alguém como cachorro, mantendo-o de quatro e exercendo controle de forma autoritária a todo tempo, por mais que seja pelo benefício de se sentir imensamente poderosa, não é simples. Uma mulher que domina precisa antes de qualquer coisa se identificar com a posição de dominadora e ter disposição para dar ordens e propor humilhações. Daí sim tais cenas também vão agradar a ela, assim como agradam imensamente o escravo de pés que por mais baixo que rasteje, estará se sentindo nas alturas.

É por isso que muitas mulheres “Feets” – e que não são e nem desejam se tornar Dominadoras - geralmente se assustam com as propostas dos escravos que a todo tempo lotam o inbox de seus perfis, fazendo verdadeiras declarações de servidão eterna em busca do ideal da mulher que, além de ter lindos pés, seja impiedosamente cruel.

A fantasia do escravo de pés é mais comum do que se pensa.



A internet está difundindo uma informação real e bastante antiga sobre o fetiche que os homens sentem pelos pés femininos. E junto dessa informação está se revelando cada vez mais a quantidade dos homens que se identificam com a submissão aos pés. No mundo todo (em diversos países) sites adultos que trabalham com fotos e videos eróticos conseguem muito mais público vendendo o conceito de homens escravos de pés, do que apenas homens que idolatram pés. A figura da mulher dominadora que obriga o homem a beijar seus pés, os colocando em condições de inferioridade é um dos apelos mais procurados nos sites que comercializam videos para download ou stream e exploram esse tema em todas as suas variações. A produção dos videos em geral ocorre com mulheres modelos, muito bonitas, contratadas para interagir com clientes reais que pagam parte da produção e autorizam a produtora a vender o filme. Nestas produções as mulheres interpretam ou o papel da dominatrix, ou da mulher comum, com perfil de esnobe e que tem um ou vários escravos a seu serviço só para lamberem os seus pés e o de suas amigas. A quantidade desses videos que circulam na rede é bastante alta, mesmo em sites de pornografia tradicional, os de dominação com os pés estão entre os mais acessados.

Clique para ver o acervo completo de fotos e videos de pés.

De onde vem esse desejo?
Homens e Mulheres fantasiam, às vezes sem perceber.

Tanto para homens quanto para mulheres é difícil lidar com o gosto em assumir a fantasia de ser escravo de pés, ou ter um escravo de pés. Muitos homens crescem com esse desejo incontrolável dentro de si admirando os pés das colegas da escola, das professoras, depois mais adultos embarcam em fantasias com a gerente do banco e das secretárias. Nessas fantasias o que eles mais desejam é que por iniciativa das mulheres, elas os joguem no chão, os tratem como capachos e os obriguem a cheirar e lamber seus pés.

Em fantasia tudo funciona muito bem, o homem consome seus próprios pensamentos, mais os inúmeros videos espalhados pela internet, e se alivia na masturbação. Mas e quando vem o desejo de transformar isso em realidade? Como se apresentar em paqueras para as garotas, contando todos esses detalhes e desejos, em uma sociedade conservadora onde o que predomina é a ideia do homem – sempre por cima - protetor da família?

E no caso das mulheres que se identificam com a posição de querer um homem aos seus pés (não só no contexto romântico, mas também com a ideia de submissos)? É ainda mais delicado, já que a mesma sociedade insiste no papel da mulher que obedece ao patriarcado.

A resposta (ou um conselho de resposta) para ambos os casos é partir da consideração de que “a sociedade” não pode impor o que cada um faz entre quatro paredes. Tome como exemplo as pessoas que gostam de sexo anal. Um dos membros do casal apresenta a proposta para o outro membro. Ambos gostam da ideia, passam a praticar o ato em sua intimidade e isso se torna uma particularidade deles sem ter de dar explicações a mais ninguém. Gostar de ser escravo de pés, com jogos de BDSM leves ou pesados é um outro exemplo desta mesma particularidade. Assumir um gosto excêntrico é sempre um processo complexo, mas não um desafio que deva causar medo. “Conservadorismo” é uma imposição moral - defendida por alguns - mas no mundo atual é só mais uma ideologia em luta para se manter aplicável, e que está em queda a cada dia que passa. Em tempos de internet em que pessoas no mundo inteiro passaram a liberar suas vontades escrevendo de forma anônima ou criando perfis fakes para se assumirem e se protegerem, é esse caminho que tem sido o mais recomendado seguir, desde que suas intenções sejam positivas. Então opte por esse caminho, ou vá em frente com a cara e coragem, mas vá. Ambos os personagens dessa fantasia (a Rainha e o escravo) existem sim e estão por aí. Assuma o seu próprio gosto, defenda o que te faz bem! Faça uma proposta ao parceiro(a) e deixe que a conseqüência transcorra como tiver que ser. Desejos saudáveis existem para serem realizados. Sem tentar, não se obtém respostas.

Lembrando que o respeito sempre deve ser fundamental. Tanto em abordagens quanto em relações. Quando você está com alguém que não respeita a sua forma de pensar e atingir prazer, a ligação entre os envolvidos tende a ser decepcionante a médio/longo prazo.



"Tudo era apenas uma brincadeira e foi crescendo, 
me absorvendo.
E de repente eu me vi assim 
completamente seu.
Vi a minha força amarrada no seu passo".
Trecho da música Sonhos .

Ainda é válido acrescentar as influências a que todos estão submetidos como: questões culturais de “disputa” entre gêneros; e também um pouco da ideia básica de feminismo (sem adentrar nas questões complexas que o termo carrega hoje em dia). Considere uma situação de “revanche” feminina e perceberá que existe sim na mulher uma vontade, ainda que singela, de fazer um homem se curvar diante dela. Evidente que isso não é um conceito apto para todas as mulheres, mas em uma boa parte sim. Desde situações na escola, quando o time dos meninos joga contra o time das meninas e este sempre está em desvantagem, até os desafios da adolescência e vida adulta em demonstrar desenvoltura de sedução para conquistar parceiros. As mulheres naturalmente possuem o desejo de saírem vitoriosas na situação, portanto, alcançar o momento que enfim o homem se entrega, se ajoelha e beija seus pés carrega uma simbologia conotativa de “vencedoras Vs. derrotados”.


É desses mesmos conceitos sociais e joguinhos da infância (fase do desenvolvimento da puberdade) que o desejo da submissão também desperta em homens com a fantasia de submissão. Vide como exemplo uma brincadeira clássica: Polícia e Ladrão, meninas contra meninos. Além de explorar dinâmicas de sabedoria e agilidade exaltando quem é capaz de fugir e se esconder melhor, ou quem é mais rápido em correr, o momento da captura é um prato cheio para um garoto com indícios de “servilismo” começar a desenvolver sua fantasia submissa. E o mesmo vale para a garota, se esta tiver indícios de “autoritarismo”. O grupo de garotas captura e amarra o garoto. Ele fica na área delimitada como cadeia e espera por ser salvo. Ele pode tentar fugir, mas outras garotas policiais estão a lhe vigiar. Ele implora. Elas dizem: “Para sair vai ter que pagar a prenda... beijar nossos pés”. #quemnunca?

Inibição em falar sobre o tema, abre brecha para o comércio da fantasia.

Mas enquanto muitos desejosos por essa fantasia não se decidem em ir adiante e falar mais de suas vontades, o comércio de sessões pagas é que tem se mantido em alta. É a saída mais fácil e imediata para se resolver “o tesão” - o homem paga para se saciar e não deve explicações a ninguém.

Sem ter essa explicação que os próprios homens (desprendidos de receios) poderiam conversar com suas companheiras, muitas mulheres sequer tomam conhecimento dessa tara masculina. Algumas ouvem falar, mas julgam a fantasia de forma errada, pois às vezes se limitam e criticam sem sequer buscarem mais informações. Tem também as que até gostam da ideia só que na hora de interagir com parceiros ficam inibidas em competir com o conceito (INFELIZMENTE PROPAGADO DE FORMA DESCUIDADA) por àquelas que “cobram” pelo serviço, fazendo parecer que este tipo de fantasia podólatra é tida como fetiche de má impressão e vulgar, vendendo uma parte de corpo (pés), atrelada a norma de “fazer o que o cliente quer”.

É exatamente a falta de mulheres despertando e assumindo gosto pelo assunto, abraçando a ideia de se tornarem as mulheres fatais desejadas da cabeça aos pés, que contribui para que “tantas outras” explorem a situação.

As “sessões pagas de podolatria” estão se tornando cada vez mais populares, principalmente em plataformas de redes sociais onde grande parte dos fetichistas estão presentes. E mais uma vez vale dizer que isso é uma ocorrência mundial. Em diversos países, muitas mulheres descobriram o ambiente das sessões de podolatria como fonte de renda, já que o procedimento é (erroneamente) julgado como simplório e demanda apenas de um esforço em ter pés atrativos e algum mínimo de talento para fingir que a situação de ter alguém lambendo seus pés lhe é agradável. Já os homens que procuram por esse tipo de situação – ao pagarem - estão no seu direito de se saciarem. E a fórmula é bem básica: Quem compra, leva; Quem paga, determina.

Não se deve comparar uma sessão de podolatria com uma sessão de BDSM - realizada por Dominadoras Profissionais e que estabelecem outro nível de patamar no envolvimento com seus clientes. Em sessões de BDSM o que está em jogo (dentre tantas coisas) é uma série de procedimentos com uso de acessórios reais de flagelação e aprisionamento, interferência aos limites fiscos e psicológicos dos envolvidos e que carecem de instrução e sapiência antes de praticados.



Já nas sessões básicas e pagas de podolatria (ainda que com nuances do BDSM Light), basta existir a interpretação do papel da mulher poderosa que quer humilhar o seu escravo. A princípio é uma dinâmica muito simples e comum, fácil de ser obtida como referência em novelas, cinema e até personagens de desenho animado. Só que é preciso se atentar ao fato de tais sessões com escravos beijando e lambendo pés de mulheres, em geral culminarem no cliente se masturbando. Ou seja, é uma situação erótica e sexual onde a relação é comercial e a submissão do homem é uma FANTASIA de momento, não uma regra de comportamento. Lidar com essa obviedade é lidar com diferentes tipos de clientela e aí cabe a cada anunciante descobrir por conta própria os riscos de se aventurar nessa prática com desconhecidos. 


RODAPÉ

Fale Conosco

Acompanhe a FANPAGE

Portal Pé-Tá-Lá | PODOLATRIA SEM NEURA acesse: www.hitfeet.blogspot.com.br/

Publicado por Doug Doug em Sábado, 3 de dezembro de 2016
 
Copyright © 2008 ⇔ 2016 by doug dink | Pé-Tá-Lá | Hit Feet *Foot Fetish *Video *Worship *Portal Podolatria
Visite também A FanPage Facebook. ..